Pelos vários monumentos megalíticos que se encontram espalhados no seu território, verifica-se que esta localidade foi habitada pelo menos desde o Neolítico. Posteriormente, pontificaram neste espaço os Romanos, que deixaram vestígios da sua estadia no Cerrado do Castelo, na barragem do Pego da Moura, nas minas da Caveira e no lugar de S. Barnabé.
Dos períodos Godo e Muçulmano não são conhecidos vestígios neste território, cuja história só começa a delinear-se após a formação do espaço nacional. O seu principal núcleo populacional, só adquiriu relevância após ter sido escolhido como sede de comenda, no último quartel do século XIV. A construção da igreja matriz, dedicada a Nossa Senhora da Abendada, que nos finais do século XV se tornou sede de paróquia, constituiu outro factor importante para a fixação da população. Outros factores foram a atribuição de terras pela Ordem de Santiago, e a proximidade do rio Davino e da Várzea.
Embora as origens de Grândola reportem à época Medieval, o seu desenvolvimento só se tornou evidente a partir do século XVI (o seu grande período de afirmação). Assim, nos princípios de Quinhentos, a paróquia foi dotada de pároco efectivo, e a igreja matriz foi totalmente ampliada e remodelada. Em 1544, foi-lhe atribuída a Carta de Vila, que levou à criação do Concelho e à sua divisão em freguesias. Na sequência desta atribuição, surgiram os juizes, os vereadores, os procuradores do concelho, os almotacés, os tabeliães, os alcaides pequenos, as quadrilhas (de policiamento) e as companhias de ordenanças. Até ao final deste século, a vila de Grândola foi, ainda, dotada de paços do concelho, cadeia, pelourinho, hospital, Santa Casa da Misericórdia, celeiro da comenda, da ermida de S. Sebastião e da igreja de S. Pedro.
A freguesia de Santa Margarida da Serra foi criada, simultaneamente, com as de Grândola e dos Bayrros, por volta de 1545, na sequência da atribuição da Carta de Vila a Grândola. A mais antiga informação que se conhece a respeito de Santa Margarida da Serra vem expressa no relatório do Mestre de Santiago, D. Jorge, que visitou a sua Ermida em 1513, e achou-a degradada. Deduz-se que, nessa data, a Ermida teria alguns anos, o que leva a admitir que a sua construção remonte a finais do século XV. Sem núcleos urbanos superiores a 25 pessoas, esta Freguesia foi sempre pouco povoada. Enquanto a freguesia de Grândola tinha, nos finais do século XVIII, 420 habitantes e, cem anos depois, tinha 531, distribuídos por 125 fogos.
No território que agora compreende as duas freguesias, o aumento da cultura de cereais e de vinhas (na Várzea) da criação de gado e das trocas comerciais permitiu que a economia fosse melhorando progressivamente. Não obstante as inovações, o grande salto económico, demográfico e social teve lugar nos finais do século XIX, com a exploração das minas da Caveira e o aparecimento das primeiras fábricas de cortiça. Este surto foi, ainda, ampliado com a construção da via férrea do Vale do Sado e o fomento da cultura de cereais, na primeira metade do século XX.
A crise na agricultura, na exploração mineira e na indústria corticeira, na segunda metade do século XX, contribuíram para a estagnação económica, para a emigração e o envelhecimento da população. Em 1970, houve um decréscimo populacional, embora tenha depois voltado a crescer, o seu perfil social alterou-se. As zonas rurais da serra perderam população, encerraram várias escolas, houve aumento de concentração de pessoas na Vila e o emergir de novos núcleos, nomeadamente no eixo Grândola – Alcácer do Sal.
Tem uma superfície de aproximadamente 416,2 km2, e a população ronda os 10834 habitantes (censos de 2011).